Capítulo 11 - A porta

No dia seguinte, a Companhia de Energia Elétrica liberou  nossa energia em casa, depois do Mark acertar as contas. O desastre maior foi a geladeira. Todas as comidas descongelaram!
Lidia havia decidido soltar as tranças e liberar seus cachos maravilhosos. E recebeu uma surpresa agradável: Tomás.

Tomás decidiu pedir Lidia em namoro. Claro que eles já tinham um relacionamento sério antes, mas nada "oficial". Lidia ficou super feliz. 
- Claro que eu quero! - ela disse - Ai que maravilha!
- Hurrul! - Tomás comemorou

- Mal posso esperar pra contar pra Simone! - Lidia dizia dando pulinhos
Tomás ria da cara de sua namorada

Decidi conversar com o Mark sobre o que estava acontecendo entre nós. Afinal, por quanto tempo continuaríamos agindo como se nada tivesse acontecido? 

- Ei, Mark... - comecei meio sem graça - Eu acho que precisamos conversar sobre... você sabe
- Sim, você tem razão... - ele parecia meio sem graça também

Acabou que eu estava tão sem saber o que falar que fiquei em silêncio até que ele decidisse começar a falar
- Então - Mark começou - Eu acho que estamos bem, certo? Quer dizer, temos ido bem até agora e podemos continuar assim, bem, tá tudo bem bom né?
- Claro, com certeza - concordei
Sério, com o que eu estava concordando?? Mark estava mais enrolado do que eu! Não entendi bulhufas do que ele queria dizer! Mas eu estava sem graça demais para perguntar, então fiz uma tentativa:

- Então... - comecei - Tá bom do jeito que é? É isso que você quer dizer? Não precisamos mudar nada?
- Isso! É... eu acho... Isso! - Mark disse 
- Certo...

Mais tarde, eu tinha ido trabalhar e Mark foi conversar com Lidia e Megan
- Então quer dizer que vocês se falaram mas não chegaram a lugar nenhum? - Lidia perguntou
- Eu não entendi muito bem - Mark disse - Quer dizer, ela ficou insistindo que não deveríamos mudar nossa situação, então acho que pra ela não foi nada demais

- Você tem certeza disso? - Megan disse - Ou vai tentar insistir mais um pouco?
- Não... - Mark disse - Acho que já deu o que tinha que dar

- Mark, conversa mais uma vez - Lidia sugeriu - Vocês pareciam dois bobos conversando, pelo visto

- Lidia, minha linda, eu gosto muito de você e dos seus conselhos - Mark começou - E pensando bem, você tem razão. Acho melhor conversar com ela igual gente e entender o que estávamos falando - ele riu
- É disso que eu estou falando - Lidia concordou

- Vou tomar um banho - ele disse

Um pouco depois, Megan foi conversar com Mark
- Mark, para de insistir nessa coisa com a Simone - ela aconselhou - Te vejo desde que éramos adolescentes caindo por ela, conversando e gostando da mesma pessoa sem sair do lugar. E eu estou cansada de ver você insistindo em uma relação sem futuro. Você mesmo disse que ela não quer que as coisas mudem
- Talvez ela tenha me entendido errado - Mark disse - Quando eu disse que não queria que as coisas mudassem quis dizer DEPOIS do que aconteceu...

- Mark - Megan começou - Para de se enganar! O tempo todo você dá essas desculpas a si mesmo porque quer ter esperança de que as coisas aconteçam! Vai conhecer outra pessoa. Chama a Melissa, nossa vizinha da frente, para sair. Chega de achar frestinhas nessa porta de falsa esperança. É hora de abrir uma porta nova!
Mark sabia que Megan tinha razão. Ele lutava contra seus sentimentos desde que era adolescente. E naquele dia, Mark decidiu que iria fechar a minha porta.

Ele começou a sair com a Melissa, nossa vizinha da frente que tinha uma quedinha por Mark desde que ele se mudou para cá.

No começo ela estranhou o interesse repentino de Mark. Mas logo eles começaram a se dar bem.

Muito bem...