*Batendo na porta*
- Cheguei! - Mark avisou de fora
- Pode entrar! - a voz dentro da casa respondeu
- Oi, Stella! - Mark cumprimentou - Fico feliz que recebeu minha mensagem!
- Oi, Mark! - ela respondeu - Eu realmente não esperava te ver aqui
- Então... - Mark começou desengonçado - eu que não esperava ver esses olhos que lançam olhares.
Stella precisou segurar o riso
- O que é isso? - ela respondeu - Nossa, Mark, você realmente não sabe fazer isso
- Ei! - ele reclamou
- Sei fazer muitas coisas! - ele disse sugestivamente
- Ok, agora chega! - Stella sentia um misto de impaciência e vergonha alheia - Vem cá, o que você quer, afinal? Eu não quero nada com você, não quero mais saber de gente comprometida. Principalmente depois que descobri o que Scott fez com a Emma, aliás ele está de castigo até hoje. Embora eu condene as ações dele e me sinta mal pela falta que o pai dele faz, percebi que também não estava sendo um bom exemplo para o meu filho.
- Não! - Mark afirmou - É que eu e a Mon terminamos e...
- Ah, isso explica tudo! - Stella interrompeu Mark - Olha, Mark, não me entenda mal você é um baita partidinho...
- Partidinho? - Mark ficou um pouco chateado
- Mas, - Stella continuou - eu realmente não quero nada com você. Aliás, peço desculpas para você e para a Simone. Mas fala sério, não temos nada a ver e você claramente está só tentando usar alguém para tapar um buraco nesse coraçãozinho aí.
- Mas, mas... - Mark gaguejou - Claro que não! Eu tô vendo o que há por aí, afinal é assim que se faz, não é?
- Éééé... - Stella disse com um tom de voz mais fino - Não desse jeito. - ela riu - Você não quer mais nada com a Simone?
- Na verdade nós percebemos que queríamos coisas totalmente diferentes. - ele explicou - Não seria justo com nenhum dos dois.
- Certo... - ela disse com dúvida - Então faz o seguinte: vai sair pra algum lugar que você goste e, caso você encontre alguém legal que tenha a ver com você, que bom! Se não encontrar, não precisa ficar procurando alguém. Você tem que ser suficiente para você mesmo.
- Ok... - Mark respondeu - Mas eu não estou querendo tapar buraco nem nada disso...
- Parece que você está tentando convencer a si mesmo, e não a mim, Mark.
- Vou tentar seguir seu conselho - ele respondeu - Quem sabe né?
- Então, tente - Stella sorriu - Mas não sei não, o que você e a Mon tinha parecia muito sólido para quem via de fora. Mas quem sabe, não é?
- Tudo bom, Mark? - a bartender cumprimentou
- Ué! Cadê a Simone? - Márcio estranhou de imediato
- Ah, ela não veio comigo hoje... - Mark respondeu - Na verdade, não estamos mais juntos.
- Inclusive vim aqui te perguntar... - ele começou - Quer almoçar comigo um dia desses?
- Ai, Mark - ela respondeu - Não quero não.
- Mas, por quê? - Mark perguntou se sentindo rejeitado
- Sinceramente? - Márcio respondeu - Primeiro porque não quero mesmo. Tô de olho em outro moço - ela riu - E segundo, me parece que você só está procurando um remendo pra falta que a Simone te faz.
- Nossa... - Mark pensava com a mão no queixo - É a segunda pessoa que me diz isso!
- Talvez seja verdade - ela riu
- Só quero conhecer alguém novo, sabe? Ou alguém que eu conheça mas não tenha me aproximado muito...
- Você pode continuar procurando. - Márcio sugeriu - Mas se eu fosse você, sossegava esse facho aí e ia fazer outras coisas. Ficar atrás das pessoas pelos motivos errados não compensa.
- Você tem razão... - Mark concordou - Posso te perguntar uma coisa?
- Claro!
- Por que você se chama Márcio? - Mark riu sem graça
- Muito simples - ela começou - Sou uma mulher transsexual, Mark
- Ah, mas isso você já tinha me dito - Mark continuou sem entender
- Vou te explicar melhor - Márcio continuou - Sou uma mulher trans, senti a necessidade de mudar minha aparência exterior para que eu me sentisse melhor comigo mesma, mas na verdade gosto do nome que minha mãe me deu. Então não quis mudá-lo, entendeu?
- Ah, agora entendi!
- Então, o que você pretende fazer da vida? - Márcio perguntou enquanto colocava gelo na coqueteleira
- Ah... - Mark disse com a boca cheia de batatas - Vou dar tempo ao tempo.
Mas, Mark não aguentou e logo começou a sair com uma moça. Essa sim deu bola para ele. Eles jantaram juntos duas vezes e agora estavam novamente em um encontro.
- Oi! - Mark cumprimentou
- Demorou, hein! - a moça reclamou
- Tava penteando o cabelo - ele riu
- Me desculpa pela demora - ele disse passando a mão no rosto dela
- Claro que desculpo! - ela respondeu
- Então, preciso te perguntar... - Mark começou
- Ah, Mark! - a moça interrompeu pulando no colo dele - Claro que quero! Vamos casar! Vamos ter filhos! Vamos comprar uma casa perto da escola e levar nossos filhos pelo parque para as aulas!
- O quê?? - Mark se assustou
- Eu... - ele não lembrava mais nada - Queria saber onde íamos hoje...
- Mark! - a moça continuou sem escutá-lo - Vamos para o cartório!
Mark pensando:
- Minha nossa! Será que eu parecia assim pra Simone??
Huhauhuhauhuahuhauhua... Gente, mas olha onde o Mark foi se meter!!! Rs... Essa mulher deve ser amiga da Milana lá da minha história. Rs... Já quer casar com o Mark? Corre, Mark!!! Corre muitooooooooo!!! Rs... Mas gostei das palavras que Stella e Márcio disseram a ele. Ele precisa ir com calma! Mark, querido, seu coração é da Mon, meu filho! Não lute contra isso! Rs... Adorei as saidinhas dele, Alice! E estou na torcida para que Mon e Mark se resolvam logo! Parabéns pelo capítulo! :)
ResponderExcluirJá imaginou as duas amigas? Não devem dar sossego para ninguém! Parece mesmo que o coração de Mark ainda está em outro lugar, só resta saber como os dois vão lidar com isso. Obrigada pelo comentário, Sally!
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