Histórias

domingo, 12 de novembro de 2017

Capítulo 56 - Saidinhas do Mark

Mark também decidiu dar as saidinhas dele para conhecer novas pessoas, mas não sei se foi uma surpresa ou algo já esperado quando ele bateu em uma casa muito conhecida.
*Batendo na porta*
- Cheguei! - Mark avisou de fora
- Pode entrar! - a voz dentro da casa respondeu


- Oi, Stella! - Mark cumprimentou - Fico feliz que recebeu minha mensagem!
- Oi, Mark! - ela respondeu - Eu realmente não esperava te ver aqui
- Então... - Mark começou desengonçado - eu que não esperava ver esses olhos que lançam olhares.


Stella precisou segurar o riso
- O que é isso? - ela respondeu - Nossa, Mark, você realmente não sabe fazer isso
- Ei! - ele reclamou


- Sei fazer muitas coisas! - ele disse sugestivamente


- Ok, agora chega! - Stella sentia um misto de impaciência e vergonha alheia - Vem cá, o que você quer, afinal? Eu não quero nada com você, não quero mais saber de gente comprometida. Principalmente depois que descobri o que Scott fez com a Emma, aliás ele está de castigo até hoje. Embora eu condene as ações dele e me sinta mal pela falta que o pai dele faz, percebi que também não estava sendo um bom exemplo para o meu filho.


- Não! - Mark afirmou - É que eu e a Mon terminamos e...
- Ah, isso explica tudo! - Stella interrompeu Mark - Olha, Mark, não me entenda mal você é um baita partidinho...
- Partidinho? - Mark ficou um pouco chateado
- Mas, - Stella continuou - eu realmente não quero nada com você. Aliás, peço desculpas para você e para a Simone. Mas fala sério, não temos nada a ver e você claramente está só tentando usar alguém para tapar um buraco nesse coraçãozinho aí.

- Mas, mas... - Mark gaguejou - Claro que não! Eu tô vendo o que há por aí, afinal é assim que se faz, não é?
- Éééé... - Stella disse com um tom de voz mais fino - Não desse jeito. - ela riu - Você não quer mais nada com a Simone?
- Na verdade nós percebemos que queríamos coisas totalmente diferentes. - ele explicou - Não seria justo com nenhum dos dois.
- Certo... - ela disse com dúvida - Então faz o seguinte: vai sair pra algum lugar que você goste e, caso você encontre alguém legal que tenha a ver com você, que bom! Se não encontrar, não precisa ficar procurando alguém. Você tem que ser suficiente para você mesmo.


- Ok... - Mark respondeu - Mas eu não estou querendo tapar buraco nem nada disso...
- Parece que você está tentando convencer a si mesmo, e não a mim, Mark.
- Vou tentar seguir seu conselho - ele respondeu - Quem sabe né?
- Então, tente - Stella sorriu - Mas não sei não, o que você e a Mon tinha parecia muito sólido para quem via de fora. Mas quem sabe, não é? 


Mark então decidiu ir a um local que gostava bastante. Mas, no fundo, ele não estava seguindo totalmente o conselho de Stella. Ele sentia a grande necessidade de estar com alguém, e então pensou em alguém que ele sempre notou
- Tudo bom, Mark? - a bartender cumprimentou


- Ué! Cadê a Simone? - Márcio estranhou de imediato
- Ah, ela não veio comigo hoje... - Mark respondeu - Na verdade, não estamos mais juntos.

- Inclusive vim aqui te perguntar... - ele começou - Quer almoçar comigo um dia desses?
- Ai, Mark - ela respondeu - Não quero não.


- Mas, por quê? - Mark perguntou se sentindo rejeitado
- Sinceramente? - Márcio respondeu - Primeiro porque não quero mesmo. Tô de olho em outro moço - ela riu - E segundo, me parece que você só está procurando um remendo pra falta que a Simone te faz.


- Nossa... - Mark pensava com a mão no queixo - É a segunda pessoa que me diz isso!
- Talvez seja verdade - ela riu
- Só quero conhecer alguém novo, sabe? Ou alguém que eu conheça mas não tenha me aproximado muito...
- Você pode continuar procurando. - Márcio sugeriu - Mas se eu fosse você, sossegava esse facho aí e ia fazer outras coisas. Ficar atrás das pessoas pelos motivos errados não compensa.


- Você tem razão... - Mark concordou - Posso te perguntar uma coisa?
- Claro! 
- Por que você se chama Márcio? - Mark riu sem graça
- Muito simples - ela começou - Sou uma mulher transsexual, Mark
- Ah, mas isso você já tinha me dito - Mark continuou sem entender
- Vou te explicar melhor - Márcio continuou - Sou uma mulher trans, senti a necessidade de mudar minha aparência exterior para que eu me sentisse melhor comigo mesma, mas na verdade gosto do nome que minha mãe me deu. Então não quis mudá-lo, entendeu?
- Ah, agora entendi!


- Então, o que você pretende fazer da vida? - Márcio perguntou enquanto colocava gelo na coqueteleira
- Ah... - Mark disse com a boca cheia de batatas - Vou dar tempo ao tempo.


Mas, Mark não aguentou e logo começou a sair com uma moça. Essa sim deu bola para ele. Eles jantaram juntos duas vezes e agora estavam novamente em um encontro.
- Oi! - Mark cumprimentou
- Demorou, hein! - a moça reclamou
- Tava penteando o cabelo - ele riu


- Me desculpa pela demora - ele disse passando a mão no rosto dela
- Claro que desculpo! - ela respondeu 
- Então, preciso te perguntar... - Mark começou


- Ah, Mark! - a moça interrompeu pulando no colo dele - Claro que quero! Vamos casar! Vamos ter filhos! Vamos comprar uma casa perto da escola e levar nossos filhos pelo parque para as aulas!
- O quê?? - Mark se assustou


- Eu... - ele não lembrava mais nada - Queria saber onde íamos hoje...
- Mark! - a moça continuou sem escutá-lo - Vamos para o cartório!
Mark pensando:
- Minha nossa! Será que eu parecia assim pra Simone??

2 comentários:

  1. Huhauhuhauhuahuhauhua... Gente, mas olha onde o Mark foi se meter!!! Rs... Essa mulher deve ser amiga da Milana lá da minha história. Rs... Já quer casar com o Mark? Corre, Mark!!! Corre muitooooooooo!!! Rs... Mas gostei das palavras que Stella e Márcio disseram a ele. Ele precisa ir com calma! Mark, querido, seu coração é da Mon, meu filho! Não lute contra isso! Rs... Adorei as saidinhas dele, Alice! E estou na torcida para que Mon e Mark se resolvam logo! Parabéns pelo capítulo! :)

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    1. Já imaginou as duas amigas? Não devem dar sossego para ninguém! Parece mesmo que o coração de Mark ainda está em outro lugar, só resta saber como os dois vão lidar com isso. Obrigada pelo comentário, Sally!

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