Capítulo 50 - Chá de bebê

Finalmente, chegou o dia do chá de bebê de Lidia e Tomás. Ele estava fazendo algumas das comidas e estava animado. Tão animado que quase cortou o dedo

Mark chegou um pouco antes de mim

Quando entrei vi que o dinossauro que ele tinha encomendado já tinha chegado. Achamos melhor entregar direto na casa de Lidia e Tomás ao invés de sair andando pela rua com o dinossauro gigante debaixo do braço
- Lidia! - chamei

Não demorou muito e a casa logo estava cheia

- A sala ficou muito boa! - comentei
- Também achei - Lidia falou - Fiquei com medo de que não ficaria muito legal

- Tia - Emma falou - Tá tudo bem entre você e meu pai?
- Tá sim, Emma - respondi 

Quando Mark chegou na sala, Lidia estava contando a bagunça que Tomás fez com a tinta na hora de pintar a sala

- E ai, Tomás - Mark cumprimentou - Fez bagunça na sala é?
- Acontece que eu não nasci pra pintar paredes - ele riu - Mas e ai? Como foi com a Simone? Vi que vocês chegaram um pouco separados hoje...
- Verdade - Mark falou - Vou te contar

*Narração de Mark*
Depois da sua sugestão, eu decidi levar ela na sorveteria pra contar. A sorveteria tava bem vazia e eu não consegui entender como... Sorvete é tão gostoso

Depois de alguns vários minutos que eu levei pra escolher meu sorvete, a gente foi sentar. Eu tava até com aquele friozinho na barriga de ansiedade

- Ei, Mon - chamei
- Oi? - ela perguntou

Fiquei olhando igual besta pra ela por alguns segundos
- Então - comecei - Te trouxe aqui pra te falar uma coisa
- Ok... - eu senti que ela começou a estranhar

- O que foi, Mark? Tá me preocupando! - ela falou achando que eu ia morrer
- É que eu preciso te fazer a grande pergunta - expliquei

- O QUE??? - Tomás se desesperou - VOCÊ PEDIU ELA EM CASAMENTO????
- Calma, homem! - Mark advertiu

Continuando...

- Mark? Que pergunta? - eu vi que ela estava se desesperando
- É que... - perdi a coragem quando ela me interrompeu

- Não, Mark! Não faz isso comigo! Eu não to pronta pra isso! Não quero comprar logo de cara o pacote CVC da vida com casamento e filhos e emprego pra pagar as fraldas! Não, não, não, não! Não me pergunta isso! - a Mon tava desesperada

- Mon - falei - Eu só ia sugerir uma viagem pra nós dois
- Ahhh... - ela ficou bem sem graça

Depois daquela só nos restou entupir o bucho de sorvete

- Uma viagem? - ela tentou puxar assunto
- Isso! - falei - Acho que vai ser legal. A gente nunca sabe como os lugares vão estar daqui uns anos, é bom aproveitar

- Verdade - ela concordou - Em que lugar você se imagina daqui uns anos?
- Aqui - rapidamente respondi - Eu quero ter minha família... Aonde você se imagina?
- Eu? Não sei. No Canadá talvez. Ou no México. Ou Japão - ela citava vários lugares

- Não deve ser tão diferente ter família nesses outros lugares - comentei
- Não deve mesmo - ela concordou
- Eu gostaria de ir pro México - falei
- Morar? - ela perguntou

- NÃO VAI ME DIZER QUE VOCÊS VÃO SE MUDAR PRO MÉXICO?? - Tomás se desesperou de novo
- Me deixa terminar - Mark riu

- Quer se despedir da nossa cidade fazendo umas massagens? - ela sugeriu
 Mesmo achando meio estranho me despedir daquele jeito, o lugar era novo e eu queria uma massagem

Fomos pra sauna. To usando os condicionadores da Mon e acho que tá fazendo muito resultado, porque só dava pra ver nossos cabelos brilhando na sauna

O clima foi ficando bom, quentinho

- Ai cara! - Tomás falou - Me poupa desses detalhes logo nesse dia!
- É importante pra história! - Mark riu

Enfim, conversa vai, conversa vem, decidimos o que queriamos fazer ali

- Mark - Mon me interrompeu - Você trouxe proteção?
- Ops - eu não tinha

Mas nós não nos importamos

- MEU DEUS! - Tomás ficou chocado - Vai me falar que ela tá grávida?

Capítulo 49 - 9090

- Bom dia flor da minha vida! - Mark chegou em mim - Como você tá radiante hoje! Esse jardim não é nada comparado a sua magnífica beleza?
Apesar de ainda estar um pouco abalada com a situação de Stella, comecei a rir

- O que você quer Mark? - perguntei
- Nossa é assim que você me vê? - ele brincou - A Melissa quer se encontrar com a Emma hoje
- E tudo bem pra você? - falei
- Vou fazer o que? - ele questionou - Mas vou junto. Caso algo dê errado, quero estar lá para ela.
- É uma boa - respondi
- Você pode vir comigo? - ele perguntou - Preciso que você esteja lá pra mim caso algo dê errado
Sinceramente eu não queria ir. Mas não queria que Mark estivesse sozinho caso ele precisasse de ajuda.
- Claro que posso - sorri

Por conta dos horários de trabalho de Melissa, o encontro iria acontecer a noite. Naquele horário só os bares estavam abertos.

Mark tava mandando ver

- Mark - chamei - Você tá se sentindo bem?
- To ótimo! - ele respondeu

- Certo...
Não acreditei muito. Afinal, já era a segunda bebida de Mark em 20 minutos no bar.

- Que tal dar uma dançadinha? - convidei tentando uma aliviada no clima para Mark
- Ok! - ele concordou

Mas quando levantamos, por obra do destino, Emma e Melissa entraram na parte do bar

- O que foi, mãe? - Emma perguntou
- Filha, eu sinto muito te falar isso - Melissa começou - Mas vou sair do país de novo

- Recebi uma outra proposta de emprego - Melissa explicou - E eu não posso recusar
- Mas você acabou de chegar... - Emma se decepcionou
- Sim filha - Melissa concordou - Se você quiser pode tentar convencer seu pai a deixar você vir comigo

- Mark - falei - Você tá bem mesmo?

- Claro que to, Mon - Mark insistiu com seus dois copos na mão

- Não precisa se preocupar comigo - ele disse fazendo careta por conta do álcool da bebida

- Eu duvido muito que meu pai gostaria disso - Emma riu - E eu tenho que terminar a escola, esse ano vou prestar vestibular
- Entendi... - Melissa disse
- Eu fiz de tudo, Mon! - Mark falava exaltado comigo 

- Por que ela abandonou a Emma? - ele continuava - Eu fiz tudo tão certo! E se for culpa minha?
Eu sabia que era a bebida falando, mas o fato de Mark trazer o assunto sobre Melissa dessa forma me deixou um pouco confusa

De qualquer forma, dei o conforto que ele precisava naquele momento
- Tá tudo bem, Mark - falei - Não é culpa sua

- Eu espero que você consiga voltar - Emma falou
- Eu vou voltar, filha - Melissa disse

Emma chamou Mark e eu para irmos embora. Ela e Melissa já tinham conversado o suficiente.

- Ei Mark - Melissa cumprimentou
- Oi - Mark disse
- Você acha que existe uma chance de você se mudar comigo junto com a Emma? - ela perguntou

- Melissa - Mark começou - Eu te ofereci isso quase 18 anos atrás... E não foi o suficiente pra você, mesmo eu tentando fazer tudo certo. Me desculpa, mas não.

- Sinto muito que não tenhamos dado certo - Melissa falou

- Por que demorou, pai? - Emma perguntou
- Estava acertando a conta no bar - Mark parcialmente mentiu - Tá com sono?
- Um pouco - Emma disse - Mas tenho algo pra resolver antes de ir dormir

Quando chegamos em casa Emma ligou para Scott e pediu que ele viesse até em casa.

- Você queria me ver, Emma? - Scott perguntou sugestivamente
- Querer não queria - Emma começou - Mas acho bom ter vindo. 
- Hein? - ele não entendeu nada
- Você é um nojento! - Emma foi direta - E eu não acredito que tem coragem de ficar chantageando meninas por ai

- Como assim? - Scott se fez de desentendido
- Você sabe do que eu estou falando! - Emma continuou - Se você não é capaz de fazer com que alguém tenha vontade de ficar com você, deveria trabalhar nisso ao invés de ficar fazendo joguinho psicológico com quem gosta de você. Eu tenho vergonha de te conhecer!

- E não adianta ficar com essa cara de quem cheirou um pum, não! - Emma continuou tentando não rir - Vai embora daqui! E se eu fosse você teria vergonha e nojo toda vez que me olhasse no espelho!

Mark ao ouvir a briga, ficou por perto.
- Quer que eu vá atrás dele? - perguntou

- Pode deixar, pai - Emma disse satisfeita - Já disse tudo o que eu queria

- E ai minha frô - Mark brincou
- Ei - falei

- Que cara é essa? - ele estranhou

- Eu to um pouco preocupada, Mark - falei - Sei que você não tem culpa nem nada, mas depois de ver como você se indigna em relação a Melissa...
- Eu bebi muito, Mon - Mark me interrompeu - Desculpa se fui estúpido

- Não, não tem a ver com isso. É que eu não posso deixar de pensar que você ainda tem sentimentos por ela - expliquei
- Eu não tenho, Mon - Mark insistiu
Depois disso o abracei e fui tomar banho

*Disca no telefone... "Chamada a cobrar. Após o sinal, diga seu nome e a cidade de onde está falando. Puuuururuuu"*
- Ei, Tomás! - Mark falou - Eu preciso da sua ajuda. As coisas com a Mon estão bem estranhas desde que aquilo com a nossa vizinha aconteceu e eu preciso achar um jeito de mostrar pra ela que eu amo ela. Alguma ideia?